terça-feira, 7 de abril de 2015

Sobre o tempo e as pausas...


Não podia deixar de escrever hoje. Coloquei Nat King Cole na vitrola, peguei um copo de chá gelado e aqui estou. Hoje é meu último dia de licença capacitação. Pela primeira vez, em MUITOS anos, tirei um tempo só para mim. Tirei 30 dias de férias e mais 90 dias de licença. Fiz dois cursos de 180h cada (ética e gestão de pessoas) mas o mais importante desse período foi a PAUSA que me permiti fazer. Concordo com Drummond, realmente a vida necessita de pausas. Vim de um período bem difícil (que não vou relatar aqui) e realmente precisava me equilibrar. E resolvi que hoje, no último dia, precisava escrever para deixar meu agradecimento registrado. Meu agradecimento à Deus, à vida e a todas as pessoas que me apoiaram durante esse meu período nublado e também no período da recuperação.

Gosto de um provérbio chinês que diz: "Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo amolando o machado.". Foi isso que eu tentei fazer nesse tempo... "amolei meu machado". Agora me sinto mais equilibrada e feliz para seguir em frente e "derrubar"as árvores na metade do tempo.

Obviamente que não consegui cumprir todos os planos que tinha para esses 4 meses. Eram muitos pois achei que eu teria MUITO tempo. Como me enganei. Quanto mais tempo temos mais achamos que podemos adiar os compromissos. Mas acredito que mantive um bom equilíbrio e não joguei tanto tempo fora assim. Fiz duas viagens, fiz os dois cursos, comecei a estudar violão, comprei meu tão sonhado patins (e descobri que preciso reaprender a usá-lo), vi vários filmes, li muitos livros, vi séries de TV, malhei, tomei muitos vinhos e espumantes, encontrei pessoas queridas, ouvi muita música, cuidei e brinquei muito com a minha filha, dei início ao projeto da minha casa, encontrei mais a minha família, cuidei da saúde (física e mental), voltei a escrever no blog e tomei algumas decisões. Enfim, foi um período muito rico e significativo. E chegado ao fim desse tempo, percebo que, de fato, o que temos que fazer é deixar o tempo passar... as nuvens vão embora. A tempestade passa.



Vou terminando por aqui. Vou fazer uma limpeza de pele agora (um presentinho que recebi de final de licença). 

Como é maravilhoso ter a oportunidade de RECOMEÇAR!!!!!

"Hora de virar a página, ensaiar o sorriso mais bonito, recompor o coração e ensina-lo a bater novamente. Mágoas, rancores e decepções são deixados de lado na medida em que percebemos que o mundo não pára pra esperar a gente acordar e decidir viver.

Tudo simples, nada fácil. Só quem cai e se machuca sabe o tamanho do seu ferimento, o tempo que levará pra curá-lo, o quanto dói.(...) "

sexta-feira, 27 de março de 2015

Maternidade - Parte I


Eu e Bia
 (ela com 12 dias de vida)
Desde que a minha filha nasceu eu penso em escrever para falar sobre a maternidade. Já adianto que não quero dizer que o que escreverei é a verdade sobre tema tão complexo. Trata-se apenas da minha visão sobre tudo o que aconteceu na minha vida. A minha vida começou a mudar no dia do resultado do teste de gravidez. Eu não tinha a mínima noção do que seria a minha vida a partir daquele momento. A mínima. E acho que foi bom eu ter demorado a escrever esse texto, pois continuei sem saber durante um bom tempo. Hoje tenho uma melhor visão do que é ser mãe e acredito que ao longo dos anos terei essa visão cada vez melhor.

Meus testes de gravidez. (fiz o de sangue depois)
Na minha opinião, ser mãe é muito difícil. Considerando as pessoas que querem ser mães de verdade. E essa trajetória – curta até o momento – começou em outubro de 2011 quando fiz o teste de gravidez. Vale destacar que tive uma gravidez tranquila. Tive os costumeiros enjôos. Nenhum desejo. Engordei de forma razoável e trabalhei intensamente até 15 dias antes de minha filha nascer. Nesse meio tempo, terminei meu mestrado e com quase 8 meses de gestação defendi a minha dissertação. Não tive nenhuma complicação na gravidez e nenhuma doença. Minha filha foi considerada um bebê GIG (sim, GIG de gigante) e por isso regularmente fiz testes de glicose – sinceramente o único sufoco físico que passei. Mas passei por muitas restrições: na alimentação, nas bebidas, nos excessos. Você precisa se alimentar corretamente, se exercitar, dormir o tempo correto, ter mais calma para não se estressar. Você vê lentamente seu corpo mudar por completo, assim como sua agilidade, locomoção e independência. Trata-se aí do ponto mais difícil, para mim, da gravidez: a fragilidade. A dependência de outras pessoas, a sensação de impotência e longa espera, além dos hormônios que te fazem ter oscilações tremendas de sentimentos. Gravidez não é fácil. Trata-se de um ser humano crescendo dentro de você. Algo objetivamente estranho de se pensar mas emocionalmente intenso de se viver.

Até que chegou o dia... Tudo marcado. Até a hora. Eu estava relativamente calma. Filmei o céu e o caminho. Era 11 de junho de 2012. O dia estava lindo. Fui para o hospital e após a burocracia da internação, fui para o quarto, coloquei o quadrinho na porta e fiquei esperando a hora de conhecer a minha Beatriz. O nervosismo veio total na hora que subi na maca para a sala de parto. Nossa, como fiquei nervosa. Fiquei demais. Fui para o centro cirúrgico e ainda tive que esperar quase uma hora. 

Primeira foto minha depois do nascimento da Bia.
Enfim, na sala de cirurgia o MEDO bateu... não sei se da cirurgia, não sei se o nervosismo acumulado (ou excessivamente controlado), ou pelo fato de que seria mãe em minutos. Passei mal. Muito mal. Vomitei, chorei, quase desmaiei. Claro que sem fazer muito escândalo, como uma mãe deve ser. 

Virei para a médica e falei: - Doutora, eu sou tão controlada. Por que estou tão nervosa? E ela me respondeu: - Porque não é todo dia que se vira mãe. E ao pensar nisso, me acalmei. Eu precisava ficar bem por ela.

E aí chegou o momento em que TUDO seria diferente a partir dalí: Beatriz nasceu. No dia 11 de junho de 2012, às 13h04, com 3.755 kg e 50 cm e chorando muito. Quando a médica a trouxe para o meu lado, ela ouviu a minha voz falando com ela e por alguns segundos parou de chorar. Ela me reconheceu. Ela sabia que a mãe dela estava alí e que iria protegê-la.

Eu nunca tinha chorado de felicidade. Mas dessa vez eu chorei e MUITO. Foi a maior e a mais indescritível emoção da minha vida. O maior amor do mundo! E tudo estava apenas começando... 

Bia no seu primeiro dia de vida.
Essa é a primeira parte da história... Por isso, considerei esse post como "Maternidade - Parte I". Ainda tem muita coisa pela frente...

Nos encontramos em outros posts. 
Um forte abraço.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Diana Krall



Diana Krall é a minha cantora preferida. É difícil fazer essa escolha entre tantas excelentes opções (felizmente, apesar da queda visível das músicas atuais). Diana é uma cantora de jazz (seu lado mais forte), pop-tradicional e até um pouco de bossa nova. Além de linda e com uma voz incrível, toca piano com a mesma facilidade com que respira. 

Tenho muitos CD`s dela e o meu preferido é o "Live in Paris" de 2002. Nele, sem dúvida, a minha música preferida é "The Look of Love". (http://www.radio.uol.com.br/letras-e-musicas/diana-krall/the-look-of-love/318233?cmpid=cfb-rad-ms). Vale destacar que a música não é dela. Diana é mais intérprete do que compositora e consegue fazer qualquer música ganhar um sentido especial. Uma curiosidade dessa música é que ela tocou em duas novelas brasileiras (fiquei chocada! não sabia): América e a Duas Caras.

Recentemente ganhei o novo CD dela, lançado em fevereiro de 2015. Chama-se "wallflower". O CD é diferente de todos os outros que já escutei dela. Nada de Jazz, nada de piano. É um CD pop baseado em músicas dos anos 70. Apesar de críticas que li em outros sites, achei o CD simplesmente perfeito. Gostei de todas as músicas. Ela começa com California Dreamin, do The Mamas & Papas. Iniciando com essa interpretação, esse CD já mostra para o que veio. 
(vídeo da música: https://www.youtube.com/watch?v=fk6JtDhA7WI).

Para um bom vinho, uma reunião de amigos, um jantar, para ouvir sozinha... enfim, um CD para a eternidade. Enjoy it!!!


terça-feira, 17 de março de 2015

Pablo Neruda

                                    Sê


"Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas. "
 Pablo Neruda
                                                                                 
A maioria das pessoas já ouviu falar de Pablo Neruda. Até o início do ano passado eu era como a maioria. Entretanto, nas férias de janeiro, minha irmã me emprestou a biografia desse poeta e a partir daí eu me apaixonei por sua obra e sua personalidade. Simplesmente uma pessoa que soube viver intensamente e criar textos incríveis e imortais. Em uma pesquisa simples da internet peguei uma breve biografia:

Pablo Neruda (Parral, 12 de Julho de 1904 — Santiago, 23 de Setembro de 1973) foi um poeta chileno, bem como um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX e cônsul do Chile na Espanha (1934 — 1938) e no México. Ademais, foi um destacado ativista político, senador, membro do Comitê Central do Partido Comunista do Chile, pré-candidato a presidência de seu país e embaixador na França. Entre seus muitos reconhecimentos, destacam-se o Premio Nobel de Literatura em 1971 e um Doutorado Honoris Causa pela Universidade de Oxford. É considerado entre os melhores e mais influentes artistas de seu século, "O maior poeta do século XX em qualquer idioma", segundo Gabriel García Márquez.

Resolvi escrever sobre ele para falar sobre o poema que inicia esse post. É belíssimo. Retrata o que ele viveu e como cada um de nós deveria enxergar a vida. Sê, aquilo que puder ser, mas seja o melhor naquilo que faz. E não só ser melhor, mas faça objetivando o próximo: "e dá alegria a algum caminho". Neruda soube ser. Poeta, embaixador, ativista político, senador, etc, etc,etc. Realmente impressionante. Vale a pena ler sua biografia.

Finalizando essa simples reflexão de minha parte, termino o post com algumas frases do Neruda para gerar inspiração para o dia:


“A verdade é que não há verdade.” Pablo Neruda


“E desde então, sou porque tu és
E desde então és,sou e somos...
E por amor
Serei...
Serás...
Seremos...”
Pablo Neruda



“Se sou amado,
quanto mais amado
mais correspondo ao amor.

Se sou esquecido,
devo esquecer também,
Pois amor é feito espelho:
-tem que ter reflexo.”
Pablo Neruda






Quase 5 anos depois...



Hoje entrei na internet disposta a criar um blog, uma página, qualquer coisa, mas precisava voltar a escrever. Aí me deparei com esse meu blog criado há 5 anos. Olhei o texto de "Quem sou eu" e percebi, perplexa, que aquela ainda sou eu. Será que serei diferente um dia? Acho que a essência não muda. Serei um pouco mais de cada coisa, para o lado bom e o lado ruim, mas serei sempre eu mesma. (será?)

Fiquei com vontade de voltar a escrever por dois motivos. O primeiro, vontade já antiga, era escrever sobre a maternidade e as mudanças que acontecem na vida das mulheres. Ou, pelo menos, falarei da minha. Que pode ou não ser igual a qualquer outra. O segundo motivo foi porque venho gostando cada vez mais de frases de reflexão. Passei a procurá-las com uma certa obsessão, ainda não doentia. E cada uma delas me faz pensar naquele aspecto relacionado a minha vida. É praticamente uma terapia. Experimente! 

Assim, como o nome diz, esse blog é sobre tudo e sobre nada! Pretendo falar de livros (claro!), café, filhos, vinhos, amigos, filmes, amor, música, etc, etc, etc. 

Seja bem-vindo(a) - novamente - a lugar nenhum!